Câmara de Itapipoca realiza Audiência Pública: "Ações de Combate e Convivência com a Seca em Nosso Múnicípio"

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#itapipoca 02 DE MARÇO DE 2015
Uma das maiores estiagens da história de Itapipoca foi tema da Audiência Pública realizada na manhã do dia 02/03 na Câmara Municipal. O debate apurou os danos causados pela falta de chuvas e discutiu junto com a população ações para minimizar os efeitos da seca.
A audiência pública contou com a presença de diversas autoridades: Paulinha Braga (Presidente da Câmara Municipal de Itapipoca), Dom Antônio Roberto Cavuto (Bispo Diocesano de Itapipoca), Roberio Monteiro (Deputado Estadual - PROS), Geraldinho Azevedo (Vice-Prefeito de Itapipoca), Adams de Castro (Secretário de Agricultura e Recursos Hídricos), Petronio Heleno (Cagece - Itapipoca), Hamilton Viana (Presidente da Oscip), Profª Norma Almeida (Representante da Facedi/Uece), Raimundo Pires (Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itapipoca), sindicatos rurais, movimentos sociais, estudantes, empresários, Ongs, entre outras entidades e a sociedade itapipoquense. Os vereadores os vereadores Josilé Gonçalves (PRP), Flailton Ferreira (PDT), Elioneide Soares (PSC), Larissa Jocelle (PSDB), Raimundo Filho (PT), Silvanildo Teixeira (PT), Euritonio Sousa (PMDB), Fábio Pires (PSC), Ednaldo Filgueiras (PHS) e Zé Marques (PRP) também estavam presentes na Audiência Pública. “A seca deixou de ser um problema isolado do Sertão e está atingindo diversas regiões do nosso estado, que se agrava ainda mais com o prolongamento do quarto ano consecutivo de estiagem”, resumiu em discurso no plenário, Paulinha Braga.
O debate teve como objetivo ouvir as autoridades presentes e também a população para no fim criar um plano que, além de acompanhar as ações urgentes que devem ser tomadas, pensar também no futuro de Itapipoca com um olhar preventivo e planejado das ações relacionadas à questão da seca.
Itapipoca, segundo o Plano Estadual de Convivência com a Seca lançado pelo Governador Camilo Santana no último dia 25 está em estado de alerta. O único açude que abastece o município Gameleira, está com apenas 7.52% de sua capacidade.
Entre as ações estruturantes para reduzir os transtornos causados em períodos de estiagem, a presidente da Câmara, Paula Braga defende que é preciso garantir a segurança hídrica das famílias durante todo o ano. “As ações envolvem desde a construção de açudes, cisternas e educação contextualizada ao manejo sustentável da caatinga e combate à desertificação”, informou. Segundo Ela, as ações ajudariam o governo a gastar menos recursos em medidas emergenciais. “O que governo já gastou em ações emergenciais, como carros-pipas e bolsa estiagem, daria para implantar políticas efetivas de convivência com a seca. O governo gasta muito mais em medidas emergenciais do que em ações para melhorar a vida das pessoas do semiárido”, disse. Nossa Itapipoca precisa urgentemente de novos açudes, como os açudes Barra do Macaco (na sede) e o Buenos Aires, (em Assunção), além da transposição de água do Rio Sororô para Açude Poço Verde.
O secretário de Recursos Hídrico de Itapipoca, Adams de Castro, destacou alguns projetos voltados para amenizar a situação preocupante que passa em Itapipoca, como a construção e recuperação de pequenos açudes, construção de cisternas de placa, perfuração de poços e distribuição de água através de malha tubular e carro-pipa em diversas localidades de Itapipoca.
Representando a Assembleia Estadual do Ceará o deputado estadual, Robério Monteiro destacou que, “a ideia desta Audiência é discutir com o povo suas necessidades e levar o resultado ao prefeito de Itapipoca, Dagmauro Moreira e ao presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque para que seja encaminhado com urgência ao governador Camilo Santana as ações estruturantes necessárias que possibilitem a construção de um Plano B para Itapipoca”. “Nós queremos ajudar a construir políticas públicas que saiam do conceito de combate à seca para a convivência com o semiárido”. “A seca não vai acabar, precisamos encontrar formas de conviver com ela, oferecendo uma vida digna aos moradores do Semiárido”, explicou. “No caso de Itapipoca, a situação é mais grave, pois se não chover os açudes vão secar e o município com 130 mil habitantes passará por momentos caóticos, e isso tem que ser resolvido com muita dedicação”.
Dom Cavuto destacou as ações da Igreja no semiárido nordestino em especial no Ceará.
O vice-prefeito Geraldinho, relatou diversas ações de planejamento que devem ser feitas pelos governos e entidades voltadas ao combate à seca. “Esta audiência ocorre em um momento oportuno, pois, estamos passando por um período de estiagem, dos mais longos da sua história”. Disse.
Preocupado com a situação hídrica em Itapipoca, o coordenador técnico da Cagece, engenheiro, Petrônio Heleno disse que, “o sinal de alerta foi dado, caso as previsões de chuvas continuem abaixo da média, há risco, sim, de racionamento de água”. “Com as chuvas a situação teve uma ligeira melhora, o que já está havendo é um rodizio preventivo e a distribuição de água foi reduzida de 500mil m³ para 300mil m³.”. “O clima na cidade é de cautela, o temor é de colapso geral”. “O açude que abastece a cidade está com 7% de sua capacidade em toda sua extensão”. “Se não chover o suficiente, tenho certeza que em poucos meses a gente entra sim em crise, colapso geral”. “Estamos apreensivos”. “A única saída é a transposição de água em adutoras de superfície vinda do Pecém”. Ressaltou o coordenador da Cagece. “As pessoas aqui da região não têm consciência de que a água é pouca e pode, sim, acabar”. “É um monte de gente jogando água fora, os lava-jatos funcionando a todo vapor e a construção civil não para de subir casa”.
"A audiência discutiu ações de combate e convivência com a seca, uma ação da Câmara Municipal de Itapipoca tendo em vista a situação hídrica que o município se encontra e que estamos bastante preocupados. O encontro teve o objetivo de mostrar como está a situação. Além de ter ouvido a igreja, representações políticas, sobre a expectativa que eles tem do que o poder público municipal deve fazer para amenizar o problema. Foi muito importante a presença da comunidade pois eles também puderam apresentar soluções para essa situação que vem afetando todo o município de Itapipoca", finalizou a Presidente da Câmara Municipal Paulinha Braga.

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